A Vale abriu auditoria interna, por ordem do presidente do conselho de administração, Dan Conrado, e do diretor-presidente, Murilo Ferreira, para investigar acusações de um ex-empregado. O ex-gerente de inteligência André Almeida fez denúncia ao Ministério Público Federal, relatando que a empresa grampeava ligações e levantava extratos de contas telefônicas de seus executivos, políticos e jornalistas, e infiltrava pessoas para acompanhar ações de movimentos que feriam seus interesses.Almeida relatou que, a pedido da empresa, pagou pessoas para infiltrarem-se no Movimento dos Sem Terra (MST) e no Movimento Justiça nos Trilhos. Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também teriam sido contratados para fazer investigações. Em nota, a atual direção da Vale afirma não compactuar "com este tipo de método e repudia qualquer atuação desta natureza na empresa, assim como não acredita que tais fatos tenham ocorrido". As denúncias são "absolutamente infundadas e retratam o desespero de um ex-funcionário demitido por justa causa em função de, entre outros motivos, ter usado o cartão de crédito corporativo de forma indevida, incluindo pagamento de despesas em termas". Almeida trabalhou na empresa entre 2006 e 2012. Segundo o advogado, algumas vezes avisou a diretores que as investigações clandestinas eram ilegais. "Ele era funcionário da companhia, tinha bom salário e não queria perder o emprego. Por isso, cumpriu as ordens", afirma. A Vale confirma que contratou dois funcionários da Abin, mas diz que não houve irregularidades na contratação. Confirma o monitoramento dos movimentos sociais e alega que o monitoramento é lícito, porque é feito por meio de entrevistas e notícias publicadas pelos integrantes dos grupos.(Fonte: O Valor)
Comentário do blogueiro: este blogueiro faz parte da rede Justiça do Trilhos e possui condições suficientes para afirmar o contrário daquilo que a VALE vem insistentemente negando, ou seja, que ela não estaria agindo ilegalmente no que ela define eufemisticamente de ‘monitoramento’ dos movimentos sociais que criticam o seu modo de proceder como empresa. Em diferentes ocasiões descobrimos que a nossa correspondência eletrônica havia sido ‘invadida’ e, posteriormente, se confirmou que eram pessoas ligadas à Vale. Em várias outras circunstâncias (audiências públicas, encontros, etc.) desmascaramos pessoas ligadas à Vale, participando sem terem sido convidadas e que se apresentavam sob uma falsa identidade. Ao serem descobertas, saíam rapidamente do espaço do encontro. O próprio site da rede sofreu no ano passado uma ‘invasão’ altamente suspeita. Tudo isso, senhor Murilo Ferreira, na sua gestão! Alguém está com saudade do SNI, o do Big brother...VALE TUDO?
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