A onda de manifestações que se espalhou por pelo menos 11 Estados brasileiros nesta segunda-feira levou à invasão da cobertura do Congresso Nacional, em Brasília, e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em uma série de protestos considerada a maior desde o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992. Seguranças e policiais militares não conseguiram evitar que participantes de uma marcha com 5 mil manifestantes chegassem ao Congresso Nacional e ocupassem a marquise do prédio, onde ficam as cúpulas da Câmara e do Senado.Os manifestantes deixaram o local pacificamente e de forma espontânea em uma das cenas mais marcantes do dia de protestos. Porém, o desfecho em outras capitais teve momentos de confronto e tensão. No Rio, um grupo de cem manifestantes invadiu o edifício da Assembleia Legislativa e entrou em choque com a Polícia Militar. Ao menos 20 policiais foram feridos e duas pessoas teriam sido baleadas. A manifestação na cidade reuniu 100 mil pessoas, segundo a PM. Violência também foi registrada na capital mineira, depois que a polícia lançou bombas de gás para dispersar os manifestantes. A polícia afirmou que entrou em ação quando manifestantes tentaram invadir o estádio do Mineirão, onde Nigéria e Tahiti jogavam pela Copa das Confederações. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, manifestantes incendiaram ônibus e contêineres, além de promoverem atos de vandalismo no centro da cidade. Eles foram dispersados pela polícia com bombas de gás. Em São Paulo, O protesto chegou a reunir mais de 60 mil participantes, segundo o instituto Datafolha. Dilma acompanhou o desenrolar das manifestações e se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar do assunto. Mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que o governo está preocupado com os protestos e quer garantir diálogo com os movimentos para entender "anseios importantes" que têm levado as pessoas a se manifestar.(Fonte: BBC do Brasil)
Perguntas legítimas? 1. Por que somente agora surge um movimento de protesto quando, ao longo dos últimos dez anos, o Brasil viveu como que "anestesiado"? 2. O Brasil estaria pior que 10 anos atrás? 3. Por que saem às ruas para protestar contra a alta dos preços dos transportes públicos jovens que normalmente não usam esses meios porque já têm carros, algo impensável há dez anos? 4. Seriam essas pessoas os ‘pobres de ontem’ e que hoje querem mais e com mais qualidade?
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