Em consequência dos protestos no país todo, um grupo de parlamentares decidiu propor a convocação de uma assembleia nacional constituinte exclusiva para aprovar uma reforma política. Para eles, a rejeição ao sistema político tradicional está por trás da pauta difusa dos manifestantes. A ideia é que, nas eleições de 2014, um grupo de pessoas seja eleito exclusivamente para discutir e aprovar uma reforma política. Os constituintes não precisariam ter filiação partidária e seriam eleitos para mandato de um ano. Depois, ficariam impedidos de disputar eleição por oito anos. Essa constituinte exclusiva funcionaria paralelamente aos trabalhos da Câmara dos Deputados e do Senado. (Fonte: IHU)
Muitos manifestantes de 1968, das Diretas ou do impeachment lembram esses momentos como apenas uma festa, mas que em nada mudou suas vidas. Ganharam liberdade sexual, é tudo. Será uma pena se assim for. Que os políticos procurem conduzir "business as usual" é até compreensível, mas as pessoas que sentiram o gosto do diferente deveriam inseri-lo em suas vidas. A Primavera Árabe, obra de jovens democratas, levou ao poder gente conservadora, como os extremistas da Tunísia e do Egito. Maio de 68 conduziu, em junho daquele ano, à vitória eleitoral da direita. Mas hoje ninguém lembra a direita francesa da época, e todos recordam os estudantes, os jovens, o mês de maio. A sociedade muda. E, assim como 1968 se deu em pelo menos três continentes, de 2011 para cá pode estar surgindo uma segunda onda dessas manifestações tão vitais: com a Espanha, países árabes, Turquia e Brasil, elas parecem estar-se espraiando pelo mundo. O que virá desta segunda onda? (Tirado de Roberto Janine, artigo no O Valor)
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