O Papa Francisco prepara uma iminente “revolução” na Cúria romana. Em duas fases. Uma primeira, com mudanças significativas de pessoas, que, seguramente, se realizará antes do verão. E uma segunda fase, no outono, na qual a Sua Santidade fará a mudança das estruturas da máquina curial vaticana. Para reduzi-la, redimensioná-la e torná-la mais eficaz e, sobretudo, colocá-la a serviço do Papa, não de si mesma. “Haverá notícias em Roma e logo. Aguardam-se grandes mudanças”, confia um curial romano com muitos anos de experiência na Santa Sé. “O pontificado de Francisco começará a ser compreendido com as novas nomeações. A linha pastoral está muito clara: doce e suave na proposta, mas clara e firme nos conteúdos. Sua linha política vamos conhecê-la nas próximas nomeações”.Por isso, enquanto o mundo aguarda ansioso as palavras e os gestos diários de Francisco, a Cúria está em expectativa apenas em relação à mudança de nomes que se avizinha. A reforma da Cúria é um objetivo que une profundamente os dois Papas. Bento XVI sempre quis reformá-la, sem consegui-lo. Talvez, como disse em sua renúncia, pela “falta de forças físicas e espirituais”. Há quem diga em Roma que “uma das questões pendentes de seu pontificado da qual mais se arrepende”. Parece claro que, em qualquer caso, Bento já tinha um esquema da reforma da Cúria, que, agora, pode ser de muita utilidade a Francisco.
Comentário do blogueiro: Certamente a reforma da cúria não poderá significar uma mera reforma administrativa para 'purificar' e azeitar a máquina burocrática, mas ao contrário, deverá ser a expressão de uma reforma bem mais profunda: construir um anova identidade-missão da igreja católica no mundo, Não uma entidade 'estatal', mas uma entidade a serviço da vida dos povos e grupos mais ameaçados e fragilizados pelas 'entidades estatais' e seus parceiros.
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