quarta-feira, 19 de junho de 2013

Questão Indígena no Maranhão - Delírios na Assembléia Legislativa!

Parece que os políticos ‘profissionais’ do Maranhão – aqueles que vivem da política, e não para a Política, - chegam sempre atrasados em relação às mobilizações nacionais. Precisam imitar, e mal, o que fazendeiros e políticos inescrupulosos de outros estados (Mato Grosso, por exemplo) aprontam para que o circo pegue fogo, principalmente na questão indígena. De olho no voto daqueles municípios que poderão sofrer revisões fundiárias, em vista de corrigir o tamanho de alguns territórios ocupados tradicionalmente por várias etnias do Maranhão, vêm organizando discursos inflamados e audiências públicas onde os ausentes de sempre são, justamente, os índios. Na segunda feira passada no auditório Fernando Falcão nas dependências da Assembléia (aquela que custou mais de 90 milhões de reais e desmatou mangues...) eles desfilaram pela tribuna sem ter um contraponto. Ninguém da ‘outra parte’ estava lá para esclarecer o básico do básico. Nada de direito ao contraditório. Não era por nada: eles temem que alguém os flagre em suas mentiras! 
Que é mentira, por exemplo, que as eventuais ampliações, ainda não julgadas, estariam roubando 75% da superfície do município de Amarante. Na realidade existe somente um grupo técnico de trabalho; e mesmo se consolidando uma possível proposta inicial, ‘tirar-se-ia’ (como se os índios não fossem munícipes e não vendessem seus produtos naquele território!) do município 7,5% da totalidade da superfície de Amarante, e não 75%!!!!!! Só fazer uma simples operação matemática e transformar os hectares em quilômetros quadrados! Simples, meu caro Watson! O mesmo diga-se com relação a Fernando Falcão e outros municípios envolvidos. Esses municípios, aliás, recentemente, entraram na justiça com advogados muito bem gratificados, apelando para o decreto 1975 do MJ que lhes concede o direito ao contraditório. Através desse recurso aqueles posseiros ou supostos proprietários que se sentirem prejudicados com a possível nova demarcação podem recorrer apresentando documentação legal provando a origem de suas propriedades e justificando-a. Pois bem, todos esses municípios tiveram seus recursos rejeitados e considerados ‘improcedentes’ pelo próprio Ministério da Justiça, após rigoroso exame. Agora, insatisfeitos e inconformados acham que foram os poderosos missionários do CIMI ou alguns funcionários malucos da FUNAI a criar essa ‘baderna’. Senhores deputados acordem e comecem a estudar as questões nevrálgicas do Estado e façam por merecer....Please!

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