A esta altura de campanha, um desfile de perguntas se levanta com toda força: até que ponto os candidatos estão sintonizados com tantas iniciativas populares que debatem os problemas do dia a dia e exigem participação na formulação de programas políticos? Até onde e como estão dispostos a tomar a sério esses debates, integrando-os em seus programas políticos? A temática de suas campanhas eleitorais – cada vez mais dispendiosas pelo marketing apelativo – converge ou não para as mesmas águas de semelhantes debates e propostas populares? E se, por parte deles, há de fato interesse em acompanhar as discussões em curso, quantos e quais o fazem de forma efetivamente comprometida? Além das costumeiras e batidas promessas, dá para esperar algo de novo? Eis as interrogações, dúvidas e inquietudes que não querem calar! E o desfile de perguntas poderia continuar. Parece haver um hiato, um abismo às vezes crescente intransponível, entre aquilo que ocupa e preocupa a mente, o coração e as mãos dos trabalhadores e trabalhadoras, por um lado, e, por outro aquilo que se aprova ou desaprova nos altos escalões da administração pública. Disso decorre, naturalmente, uma outra questão: em que medida essas preocupações da planície alcançam as alturas do Planalto Central; em que medida os dramas vividos por quem habita a base da pirâmide social chegam aos habitantes do topo; ou ainda, em que medida o cotidiano dos simples mortais passam pelos corredores, salas, escritórios e auditórios dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo? Os pilotos da nave chamada Brasil conhecem de verdade os problemas de seus passageiros ou mais parecem extra-terrestres? Perguntas, perguntas, perguntas… para trazer à tona tanto na Semana da Pátria quanto no processo eleitoral já em curso e em pleno vapor! (Fonte: ADITAL)
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