Sem um sinal para o fim da rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, integrantes da Polícia Militar (PM) e da Secretaria de Justiça do Paraná decidiram suspender as negociações na noite deste domingo, 24. De acordo com a PM, a retomada das conversas com os rebelados será feita na manhã desta segunda-feira, 25. A rebelião na penitenciária começou por volta das seis da manhã deste domingo, depois que um grupo de detentos rendeu um agente penitenciário que se preparava para abrir as celas para o café da manhã. Pelo menos quatro detentos foram mortos, sendo dois deles decapitados pelos amotinados. O motim avançou pela noite e dois agentes penitenciários continuam como reféns dos detentos. Estima-se que mais de 600 presos aderiram ao motim. A unidade conta com 1040 condenados. O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Subseção de Cascavel, Amarildo Horvath, relatou aos jornalistas que praticamente as 24 galerias do complexo prisional foram danificadas. A rebelião teria sido motivada pelos maus-tratos, qualidade da alimentação e falta de assistência jurídica, uma vez que muitos detentos teriam direito à revisão de pena.
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