A greve dos professores da rede municipal em São Luis dura mais de dois meses. Parece não haver diálogo. De um lado se afirma que os professores já recebem o deles, e ponto. Do outro se diz que as escolas são um caos e que não há condições de trabalhar desse jeito. Falta segurança, faltam professores para determinadas disciplinas, faltam carteiras, banheiros, etc. Não vi até agora o secretário de educação oferecer um cronograma em que mostre que há conhecimento da situação física dos prédios escolares e planos para recuperar e reformar os degradados e, naturalmente, medidas para qualificar os professores, entre outras coisas. O grande público parece alheio a tudo isso. Ter ou não ter aula é mero detalhe. Nenhum movimento de pais de alunos e dos próprios alunos! Parece briga entre’ brancos’, mas sabemos que quem sofre as conseqüência com os baixos níveis de escolaridade são os cidadãos-alunos e a própria sociedade. Alguém, não sem razão, levanta a hipótese de que essa greve é política (há uma que não o seja?) para desgastar o governo do atual prefeito que apóia o candidato a governador Flávio Dino e, de quebra, desgastar ‘o próprio’ em seu esforço de ganhar o pleito. Outros, com muita razão, insinuam que a direção do sindicado quer já tornar visível uma futura candidatura de alguém deles para o pleito municipal de 2016. Em que pese tudo isso, há um diálogo que deve ser enfrentado e problemas reais a serem equacionados na educação básica, e urgentemente. Infelizmente, as emoções falam mais alto. Desavenças, rivalidades, boicotes, radicalismos de ambas as partes mostram uma certa imaturidade em perceber que, afinal, um direito sagrado está sendo cerceado por ...AMBAS AS PARTES!
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