Em depoimento prestado à Polícia Federal no dia 21 de novembro de 2014, o ex-gerente-executivo de Serviços da Petrobras Pedro Barusco diz ter recebido propinas em troca da aprovação de contratos desde 1997 ou 1998. Ou seja, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O depoimento prestado sob o acordo de delação premiada tornou-se público nesta quinta-feira 5. O primeiro pagamento de propina que Barusco afirma ter participado diz respeito a dois contratos firmados com a empresa holandesa SBM, em 1997 ou 1998. Em novembro de 2014, a SBM fechou um acordo com o Ministério Público da Holanda e aceitou pagar 240 milhões de dólares como punição por pagamentos de propina ocorridos entre 2007 e 2011 no Brasil, na Guiné Equatorial e em Angola. Segundo ele, o pagamento de propina era "uma iniciativa que surgiu de ambos os lados e se tornou sistemática a partir do segundo contrato da FPSO (plataforma de petróleo) firmado entre a SBM e a Petrobras no ano 2000". Apenas com os contratos entre a Petrobras e a SBM, Barusco afirma ter recebido aproximadamente US$ 22 milhões, entre 1997 ou 1998 e 2010. Esse valor era transferido para dois diferentes bancos internacionais até terminar no Banco Safra, situado na Suíça, em 2003. Em outro contrato firmado com entre a Transpetro e a empresa Progress, que tinha o mesmo representante que a SBM, entre 1997 e 1998, também houve pagamento de propina. Em 2007, outro contrato entre a SBM e a Petrobras para o fornecimento de uma plataforma de petróleo, a P57, no valor de 1,2 bilhão de reais, Barusco afirma ter recebido 1% de propina sobre o valor do contrato.(Fonte: carta Capital)
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