Vivemos ritmos intensos de vida. Tudo está acelerado. Sentimo-nos pressionados para estar em tudo e querendo controlar tudo. Sentimo-nos, frequentemente, cobrados por muitos sobre muitas coisas. Acumulamos estresse e despejamos irritação, muitas vezes com aqueles que mais amamos. Falta tempo para dormir direito e relaxar. Falta tempo para se concentrar, rever decisões e planejar algo diferente. Precisamos parar! Precisamos sair do cotidiano! Essa foi a metodologia que Jesus repassava aos seus missionários: parar para avaliar e se recarregar. Parar para reprogramar novas ações, lá onde não deu certo. Parar para se fortalecer como grupo: fortalecer laços de colaboração e de amizade. Missão não se faz aos trancos e barrancos. Só na correria, boa vontade e na garra. É preciso mente lúcida e coração descansado. Livres de excessivas cobranças e continuamente motivados. Jesus percebia o perigo de correr de um lado para outro sem ter um horizonte claro. E às vezes para tapar buracos e resolver pepinos que apareciam na hora. Isto ocorre quando perdemos a sensibilidade e a capacidade de sentir ‘compaixão’. Quando não conseguimos compreender que estamos perdendo as nossas ovelhas-filhos-esposas-amigos porque nós não conseguimos mais entender quais são as suas reais necessidades e aspirações. Porque viramos robôs que executam coisas. Que mantêm a máquina ativa, mas esquecemos de acarinhar os anseios de quem vive ao nosso lado. E não sabemos mais mergulhar nos dramas de tantas ovelhas feridas e desgarradas. É preciso parar para ouvir seus gemidos e gritos de socorro. Parar para olhar dentro de nós mesmos, e nos sacudir. Talvez para descobrir que não conseguimos ouvir sequer a voz do nosso coração!
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