Poucos se perguntam por qual motivo Tomé não estava em casa com os apóstolos quando Jesus ‘entrou e se colocou no meio deles’. Diferentemente dos medrosos discípulos que viviam trancafiados por medo de fazerem o mesmo fim de Jesus, Tomé agia solto na rua. Ele tinha entendido que Jesus continuava sendo encontrado lá onde as pessoas vivem, sofrem e lutam. Ele agia como Jesus sempre agiu. É por isso que Tomé era chamado de ‘gêmeo’ pelo grupo. Ele era parecido com o Mestre no seu modo de agir. Ele era o ‘gêmeo’ de Jesus! Tomé, no entanto, tinha dificuldade de entender que Jesus podia ser encontrado também lá onde têm pessoas que reúnem fazendo memória da morte e Ressurreição de Jesus e celebrando a vida. Sempre no oitavo dia! Tomé que era homem de ação devia compreender que o Ressuscitado entra também na vida daquelas pessoas que fazem a experiência de viver em comunidade. Que partilham seus medos, suas alegrias, suas esperanças em clima de oração e contemplação. Inicialmente, Tomé fez resistências. Somente quando começa a mergulhar nessa experiência de celebrar, fazer memória, conviver e partilhar com os outros apóstolos, descobre o Ressuscitado. Ou seja, Tomé descobre que Jesus se faz presente e atuante não somente quando está se doando no dia a dia ‘fora do templo’, mas também quando se reúne para celebrar, louvar e rezar. Só quando Tomé, chamado injustamente de ‘incrédulo’, descobre tudo isso, ele acaba fazendo a mais profunda profissão de fé do Novo Testamento: ‘Meu Senhor e meu Deus’!
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