“Flávio Bolsonaro mostra-se assustado com o inquérito. Jair Bolsonaro sai pela arrogância. Carlos recolhe-se ao silêncio sugestivo. Mas a ansiedade não se divide por três. É equânime”, destaca Janio de Freitas, em coluna publicada neste domingo (19), na Folha de S.Paulo, sobre o perigo que ronda os Bolsonaros.
Usando na análise a linha do ditado popular ‘colhe o que se planta’, Janio destaca que o esquema de funcionários fantasmas, investigado pelo Ministério Público Federal do Rio, entre as irregularidades administrativas de gabinete quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual, foi uma das características da vida pública que ele herdou do pai, Jair Bolsonaro. Tanto que entre as pessoas que tiveram os sigilos bancários e fiscais quebrados pela Justiça, estão ex-funcionários de gabinete do hoje presidente da República.Ao mesmo tempo, Jânio observa que, apesar de evidentes, essas irregularidades não estão tendo a mesma divulgação nos noticiários que tiveram os vazamentos ilegais dos áudios da então presidente Dilma, advogados seus e Lula, e que aumentou o movimento gerador do impeachment da petista em 2016. “Inexiste ainda a caracterização real e pública dessas sucessivas constatações, por serem seus relatos moderados e intermitentes. O oposto dos vazamentos e do carnaval de manchetes e telejornais nos casos envolvendo Lula, o PT e Dilma”, ressalta Janio. “Nestes, jornalismo propriamente dito e política + Ministério Público brigaram o tempo todo. A briga continua, mas a rubrica “política” tem composição diferente, sem partidos enlaçados com poder econômico e imprensa/TV/rádio. E os Ministérios Públicos não denotam o facciosismo e o desregramento da Lava Jato”, completa o articulista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário