Numa inciativa ilegal e inconstitucional, simpatizantes do governo Bolsonaro, em manifestação hoje pela manhã em Copacabana, atentaram contra a democracia brasileira: pediram o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Com discursos carregados de ódio, os oradores mais radicais faziam apelo às Forças Armadas para que interviessem no processo político e fechassem às instituições que garantem o estado democrático de direito. A catilinária era mesma da manifestação de ontem na frente da residência do presidente de Câmara, Rodrigo Maia, em São Conrado: palavras de ordem contra as liberdades democráticas e apoio às ações do ministro Sérgio Moro no combate ao crime e à corrupção. Numa clara demonstração de que Rodrigo Maia era um dos alvos centrais da manifestação, os ativistas pró-Bolsonaro exibiram um boneco do presidente da Câmara, em torno do qual bradavam agressões políticas e morais ao parlamentar. No boneco, expressões pejorativas: "Judas" e "171" e imagens das empresas Odebrecht e Gol, em referência às citações de Maia em delações premiadas. A radicalização destes grupos fez o presidente Bolsonaro se pronunciar em um culto religioso, dizendo que o protesto respeitou as instituições. No entanto, Bolsonaro reforçou as acusações à classe política ao afirmar que os protestos são um recado aos que "teimam com velhas práticas e não permitem que o povo se liberte". (Ricardo Bruno)
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