'Quem não deve, não teme'! Nada mais verdadeiro do que esse ditado popular! As autoridades, em geral, sempre temem que surjam dentro delas vozes destoantes, que critiquem, denunciem, e desmascarem suas condutas. Afinal, elas sabem que devem honestidade, coerência, transparência a seus instituídos. João Batista, filho de um sacerdote profissional, não se comporta como tal. Não macaqueia a classe sacerdotal. Ele tem atitudes autônomas, livres, ousadas. Isto assusta a elite do templo porque não reza a cartilha da manipulação, do autoritarismo religioso, da chantagem moral. O profetismo de João não é ligado ao templo, aos preceitos e às normas litúrgicas da religião oficial. Ele se sente como que um 'enviado' de alguém que exige um radical redirecionamento da totalidade dos comportamentos humanos. Isto significaria para as elites judaicas e políticas que o que elas vêm fazendo não estaria correto. Por isso que em geral toda instituição (governos, partidos, igrejas, universidades, famílias, etc.) procura silenciar e banir todos aqueles seus membros que proclamam mudança! Quem denuncia contradições e clama por transformação dificilmente é compreendido e valorizado em vida. Pessoas carregadas de carisma e liberdade interior dificilmente são reconhecidas. Assim ocorreu com Jesus de Nazaré; da mesma forma ocorre hoje com tantos 'enviados de mente lúcida e coração aberto' que não cansam de denunciar e anunciar com suas palavras e gestos que a 'nação está mergulhada em trevas e à beira da falência'! Endireitar vidas é preciso! Ser testemunhas da luz e da verdade é imperativo irrenunciável.
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