Se para muitos a semana santa é oportunidade para sair da rotina e viajar sabe lá Deus aonde, para outros esse período constitui uma verdadeira experiência mística. Não precisamos percorrer fisicamente os lugares santos geográficos trilhados por Jesus de Nazaré. É suficiente olhar para dentro de nós e ao nosso redor. Descobriremos pessoas com coração cheio de tristeza, de abandono, de medo, de desespero. Pessoas que já vem carregando cruzes pesadas. As próprias e as alheias. Que vem subindo ininterruptamente o ‘calvário-Golgota’ da vida. Certamente celebrar a semana santa é fazer a experiência de se encontrar com o mistério da dor, da morte, do sofrimento, das feridas abertas, nossas e da humanidade. Mas é, principalmente, fazer a experiência místico-espiritual de ir para além do calvário e da cruz. Descobrir sim os muitos Cireneus que nos ajudam a carregar nossas cruzes, e a tornar mais leve o nosso viver, mas principalmente tentar imitar a persistência de Maria de Mágdala. Que não se conformava com a morte do amado. Cujo amor permaneceu tão forte e intenso que o ressuscitou. Dentro dela. E dentre os que continuavam a fazer a experiência de amar tod@s @s crucificad@s. Amá-l@s para além da cruz, da doença, da solidão e da morte! Fazer, enfim, a experiência de re-inventar dentro de nós a ‘presença do ausente’!
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