Na vida fazemos experiências que aparentemente não são marcantes. Por não serem revelações fulgurantes. Por não serem arrebatadoras. Contudo, com o passar dos anos elas parecem produzir frutos inesperados. Algo imperceptível, mas consistente. Aquela experiência de vida que inicialmente parecia desprovida de força místico-espiritual acaba se manifestando progressivamente como geradora de uma nova consciência. Perante a vida. Perante nós mesmos. O evangelho hodierno poderia nos induzir a pensar o contrário. Afinal, o relato parece ostentar propositalmente uma experiência profundamente arrebatadora: Jesus passa pelas portas fechadas, mostra suas feridas, sopra sobre @s seus seguidor@es o seu espírito....É claramente uma linguagem simbólica. Um gênero literário-teológico. As ‘aparições’ de Jesus que com freqüência são relatadas após a sua morte ocultam e desvelam ao mesmo tempo a experiência histórica, real, pela qual um grupo de seguidores de Jesus o entende como sendo ainda vivo. Mesmo após anos da sua morte biológica. Na realidade, desde um ponto de vista cronológico estamos situados nos anos 50, aproximadamente, depois de mais de 10 anos da morte de Jesus de Nazaré. São dessa época os relatos das aparições. Vários elementos históricos o comprovam. Elas não têm o objetivo de ‘provar’ que Jesus ressuscitou. Portanto, uma tentativa apologética. O grupo já se encontra definitiva e novamente junto, e já acredita na ressurreição do Mestre, mesmo que com algumas incertezas.
Após a grande dispersão que se deu por ocasião da morte de Jesus, @s seguidor@s de Jesus possuem, agora, uma consciência bastante consolidada de que ele continua a pautar a sua vida apostólica. E mais, que os envia definitivamente para reproduzirem suas opções e escolhas de vida. Eles se entendem como enviados dele. Um processo longo e lento. Às vezes, sofrido e cheios de desistências e incredulidades. Sem possuírem sinais espetaculares e cabais. E sem condições de ‘oferecerem’, eles mesmos, sinais objetivos, públicos, universais a todos indistintamente de que Jesus continuava vivo neles. @s seguidor@s de Jesus, como ele, continuam a apostar na capacidade humana de fazer um permanente ‘memorial de vida’ daquelas pessoas que significaram muito quando em vida com el@s. A capacidade de continuar a acreditar que mesmo nas ‘dúvidas de Tomé’ ou no ‘medo’ difuso o ‘ressuscitado’ continua a perdoar, a acolher, a curar. Só que agora, mediante el@s. El@s o tornam atuante como outrora, para além da morte. Para além da presença física, palpável.
Após a grande dispersão que se deu por ocasião da morte de Jesus, @s seguidor@s de Jesus possuem, agora, uma consciência bastante consolidada de que ele continua a pautar a sua vida apostólica. E mais, que os envia definitivamente para reproduzirem suas opções e escolhas de vida. Eles se entendem como enviados dele. Um processo longo e lento. Às vezes, sofrido e cheios de desistências e incredulidades. Sem possuírem sinais espetaculares e cabais. E sem condições de ‘oferecerem’, eles mesmos, sinais objetivos, públicos, universais a todos indistintamente de que Jesus continuava vivo neles. @s seguidor@s de Jesus, como ele, continuam a apostar na capacidade humana de fazer um permanente ‘memorial de vida’ daquelas pessoas que significaram muito quando em vida com el@s. A capacidade de continuar a acreditar que mesmo nas ‘dúvidas de Tomé’ ou no ‘medo’ difuso o ‘ressuscitado’ continua a perdoar, a acolher, a curar. Só que agora, mediante el@s. El@s o tornam atuante como outrora, para além da morte. Para além da presença física, palpável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário