Os bispos africanos dizem "não à miséria " numa mensagem conclusiva da reunião de Bujumbura, em Burundi, da Coordenação Justiça e Paz do SCEAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar, com sede em Acra, Gana). No texto enumeram claramente o que produz a miséria na África e Madagáscar. Exprimem uma "clara rejeição da exploração dos mais pobres e dos mais fracos, a redução à escravatura, o tráfico das nossas crianças e dos seus órgãos"; denunciam "a insegurança crescente em alguns países e regiões do continente", recordando "as violências e assédios criminosos na África Central, os conflitos recorrentes na República Democrática do Congo, o fanatismo e o extremismo religioso na Nigéria, Mali, Egito, Somália , Quénia e Tanzânia". Os bispos dizem "Não" à "exploração injusta dos nossos recursos naturais, e uma indústria mineral que causa conflitos violentos e criminosos". A sua esperança é que "os Estados africanos tenham a coragem de escrever e votar leis que protejam os seus respectivos recursos naturais". E pedem aos Países para percorrerem a estrada da "boa governação, que exclui todas as formas de corrupção e má gestão". Em seguida os bispos africanos exprimem preocupação com a gestão das águas do rio Nilo, da qual depende "o bem-estar mínimo das populações e dos Países nas suas costas". A este propósito os bispos convidam a "um diálogo paciente e frutuoso". E se comprometem igualmente, para "uma cultura democrática respeitosa da liberdade de opinião", e pedem "uma democracia que tenha em conta os direitos dos imigrantes e enfrente sem hipocrisia a questão dos refugiados no respeito da sua dignidade humana fundamental". Entre os pedidos: "o respeito pela Constituição de cada país, dando aos cidadãos a possibilidade de uma alternância política". Quanto aos crimes contra a humanidade, os bispos dizem ser favoráveis "ao direito legal e penal". (Fonte: R.V)
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