Uma
decisão de Sua Majestade, a Rainha de Copas do Supremo Tribunal Federal, que
responde pela alcunha de Joaquim Barbosa, acaba de criar um grave problema. Ao
fazer a troca do juiz que cuidava da execução penal dos condenados da AP 470,
em busca de alguém "mais duro", Barbosa tropeçou na Caixa de Pandora
do mensalão do DEM. Ao escolher um juiz para
chamar de seu, optou, por acaso, por alguém que é filho de um alto
dirigente do PSDB-DF. Pior: o pai desse juiz foi secretário do governo de José
Roberto Arruda, no Distrito Federal, e é considerado por muitos como o mais fiel
aliado do ex-governador após o escândalo que o derrubou. Arruda caiu flagrado
na operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que revelou o que se tornou
conhecido como o "mensalão do DEM". O contraste é gritante.
Arruda continua livre, leve e solto. Ficha limpa, ele pode inclusive concorrer
às eleições do ano que vem. Filiado ao Partido da República (de Waldemar Costa
Neto e Anthony Garotinho), Arruda conversa sobre alianças para 2014, no DF, com
o PSDB, o PPS e, como não poderia deixar de ser, o DEM. Detalhe: o
processo do mensalão do DEM foi desmembrado. O único que responde atualmente em
instância superior é um conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Com isso, a
maioria dos denunciados, a começar por Arruda, responde a processo em primeira
instância, não recaindo na Lei da Ficha Limpa, que exige condenação pelo menos
em segunda instância. Nesse sentido, os quatro anos de impunidade
daquele que foi apontado como chefe do mensalão do DEM escracham o rigor
seletivo de Joaquim Barbosa e o caráter da AP 470 como julgamento de exceção.(Fonte Carta Maior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário