Encerrou-se este domingo, na Casina Pio IV, no Vaticano, a Conferência internacional sobre o tráfico de seres humanos. Os dois principais aspectos no centro desta conferência foram a situação atual do tráfico humanos bem como um plano de ação para combatê-lo. A Organização Internacional do Trabalho estima que entre 2002 e 2010, cerca de 21 milhões foram vítimas do trabalho forçado, entendido também como exploração sexual.Todos os anos, cerca de dois milhões de pessoas são vítimas de tráfico sexual, 60% das quais são meninas, enquanto o tráfico de órgãos humanos atinge quase 11% do total. Quem recorda estes dados é Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. Ele recorda o que o papa Fransceso lhe havia dito: "Marcelo, quero que se estude o problema das novas formas de escravidão e do tráfico de pessoas, incluindo o problema da venda de órgãos". Dom Marcelo a partir disso começou a trabalhar no assunto:'Vimos que era necessário envolver os médicos e por isso chamamos os médicos católicos, através da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas; em seguida, também a Academia de Ciências, porque as soluções também podem ser de carácter científico. Assim nasceu a iniciativa.O que nós queremos é perceber a real dimensão do fenômeno, que um pouco já se sabe, mas queremos ter dados mais precisos. Queremos também alcançar uma ideia comum para a Igreja, para as Conferências Episcopais. Existem Conferências Episcopais que elaboraram alguns documentos, mas creio que a Igreja como um todo não tem suficiente consciência do problema. As pessoas são vendidas, mas ninguém se importa com a pessoa humana, a única coisa que importa é o dinheiro, ou melhor: ganha-se dinheiro com as pessoas como se fazia há tempos com a escravidão, e de certa maneira é ainda pior! Sobretudo se consideramos o aspecto sexual, em que estão envolvidos e comprometidos meninas e também meninos. É uma das coisas mais trágicas do mundo global, juntamente com a imigração, cujos efeitos vimos em Lampedusa'. (Fonte: Rádio Vaticano)
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