Numa das paredes de uma delegacia da Polícia Militar numa das nossas cidades interioranas estava estampada em caracteres gigantes a seguinte frase ‘Quando a polícia está perto sentimos medo, mas quando está longe sentimos saudade’! Nada de mais patético e inverídico. Polícia da medo quando está perto e quando está longe. Uma polícia que está sempre mais longe das pessoas e que quando está perto acaba cometendo barbaridades com inocentes marcando-os de forma indelével para toda a vida. É o caso de dois jovens da Vila Embratel. Os fatos ocorreram algumas semanas atrás. No primeiro caso a polícia chegou de forma agressiva e aborda dois jovens que estavam caminhando um ao lado do outro. Exige que os dois abram as pernas e levantem os braços. Começa a revista. No bolso de um deles os policiais encontram um celular que, posteriormente, foi verificado como tendo sido roubado. No outro jovem não encontram absolutamente nada. Os dois são levados imediatamente para Pedrinhas. Mesmo lotada Pedrinhas está lá para acolher ladrão de...celular e inocentes! Não há o que contestar ou espernear. Em nada adianta o jovem dizer que nem conhecia o outro que estava com um celular roubado. Esse jovem trabalhador passará um mês em Pedrinhas, naquele inferno de terror e medo. Só com a ajuda de um advogado e de familiares se consegue provar que ele nada tinha a ver com o roubo. Graças a Deus ele voltará a trabalhar na empresa onde já trabalhava. Só se encontrava no lugar errado, na hora errada, com policiais....errados!
O outro caso é similar a esse. Um jovem estava sentado em companhia de outro tomando uma cerveja. Chega a polícia e manda todo mundo levantar os braços e abrir as pernas. Encontram uma arma nas calças de um. No outro jovem absolutamente nada, mas a desgraça foi a de estar junto com ele. O jovem reage, e grita que ele não tem nada a ver, que ele não tem arma, que não é justo o que fazem. A polícia começa a bater nele e quebra o braço do jovem. Depois levam os dois para a lotada Pedrinhas. Lá o jovem que nada tinha a ver com a história passa 3 semanas e, enfim, é descarregado para cuidar do seu braço e entregue ao seu destino. O jovem está aguardando uma vaga no hospital e nada de trabalho por enquanto. Nada é feito com esses policiais que continuam agindo impune e irresponsavelmente. Quem é o doído que vai denunciá-los à Corregedoria que é a primeira a entregar o denunciante? Saudade sim, mas do...Paraíso Terrestre, e não desse inferno!
Nenhum comentário:
Postar um comentário