O Projeto de Transposição do Rio São Francisco, concebido ainda em 1985 pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, após uma das mais longas estiagens registradas, chega ao início de 2014 com 52,2% das obras concluídas. O empreendimento, que na década de 1990 foi transferido para o Ministério da Integração Nacional, conta com um investimento em torno de R$ 8 bilhões e, hoje, faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Com a conclusão prevista para 2015, a transposição levará água do Velho Chico, como é popularmente conhecido o rio, a 390 cidades do semi-árido nordestino nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte ou, se preferir, a 12 milhões de pessoas que, no ano passado, sofreram com a pior seca dos últimos 50 anos. Dados oficiais mostram que Nordeste possui 28% da população brasileira e apenas 3% da disponibilidade de água, o que provoca irregularidade na distribuição de recursos hídricos. “O Projeto vai reforçar o suprimento hídrico dos estados, com a garantia de água nos sistemas já existentes. Com isto, a água do São Francisco será utilizada para o abastecimento humano e o que sobrar dos mananciais existentes poderá ser utilizado para atividades econômicas. Acabando, assim, com o atual conflito do uso da água”, diz Teixeira.O Programa de Integração do Rio São Francisco apresenta dois eixos: o Norte, com 260 quilômetros de extensão, levará água para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já o Leste, com 217 quilômetros, beneficiará parte do sertão e as regiões agreste de Pernambuco e da Paraíba. Atualmente todos os trechos estão em atividade e alguns funcionam 24 horas por dia.
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