Jesus nunca quis ser morto. Gostava da vida e queria que todos pudessem saborear o vinho do amor e da alegria de viver. Tampouco Deus queria a morte do seu filho. Para salvar a humanidade Ele não precisava mandar matar o seu filho amado! Os donos do templo foram os verdadeiros mandantes da morte de Jesus. Os sumos sacerdotes que detinham o monopólio da criação de animais utilizados para os sacrifícios, das pousadas e dos abrigos em Jerusalém, e que contrabandeavam a Palavra de Deus, se sentiram ameaçados pelo pregador da misericórdia. ‘Não quero sacrifícios, e sim misericórdia’ dizia Jesus. Com isso Ele detonava a indústria lucrativa da fé na lei e na pureza dos ritos propagandeada pela classe sacerdotal. Os senhores do templo se aliaram cinicamente aos romanos para eliminar um que ameaçava seus interesses econômicos sob o pretexto de que haveria rebeliões contra César se isso não acontecesse. O homicídio de Jesus que não teve direito a testemunhas, a advogados e a um processo justo foi a consequência de uma vida coerente. Jesus não podia atirar a pedra contra a hipocrisia e a intolerância dos sumos sacerdotes e da elite religiosa, e fugir. Permaneceu ao lado dos impuros, dos rejeitados e do excluídos do templo e do banquete. Pagou com a sua própria vida, como muitos honestos, hoje, pagam! Que a nossa sexta feira seja compromisso com a coerência e a fidelidade aos valores da justiça e da verdade que não podem ser sacrificados nos altares de nenhuma religião.
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