Estudo anual "Conflitos no Campo" revela que 61 pessoas foram mortas no ano passado. Na última semana, chacina em Colniza, no Mato Grosso, vitimou mais nove trabalhadores rurais. A chacina de nove trabalhadores rurais ocorrida no último dia 20, na área rural de Colniza (a 1.065 quilômetros da capital, Cuiabá), no Mato Grosso, aconteceu apenas um dia depois da Comissão Pastoral da Terra (CPT) ter divulgado o relatório "Conflitos no Campo - Brasil 2016". Segundo o estudo, 61 pessoas foram mortas em conflitos no campo no ano de 2016, o que equivale a uma média de cinco assassinatos por mês – número inferior, nos últimos 25 anos, apenas a 2003, quando foram registrados 73 assassinatos. Das 61 vítimas, 13 eram indígenas, quatro quilombolas, seis mulheres e 17 jovens de 15 a 29 anos. Essa é a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro.Os trabalhadores rurais assassinados em Colniza, todos homens e adultos, foram mortos por disparos de armas de fogo e golpes de facas dados por indivíduos encapuzados, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso. “Diante dos últimos acontecimentos no Brasil percebemos que os mecanismos de justiça, de garantia dos direitos e segurança, em quase todas as chacinas, massacres e assassinatos nos conflitos agrários, não são levados a tempo. O que sobra são as injustiças e o sangue dos trabalhadores que jorram a mando ou pelas próprias mãos dos latifundiários e dos barões do agronegócio”, declarou, em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (GGN)
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