Cidade do Vaticano (RV) – Às 10h30, horário de Roma, o Papa Francisco entrou em procissão na Praça São Pedro para presidir, do adro da Basílica vaticana, a missa do Dia dos Catequistas, convocado no âmbito do Ano da Fé. Francisco começou a homilia com uma citação do Profeta Amós: “Ai dos que vivem comodamente em Sião e dos que vivem tranquilos, deitados em leitos de marfim”, comem, bebem, cantam, divertem-se e não se preocupam com os problemas dos outros”. “Estas duras palavras nos advertem para um perigo que todos corremos: o risco da comodidade, da mundanidade na vida e no coração, de ter como centro o nosso bem-estar”, lembrou o Papa. Francisco repassou a experiência do rico do Evangelho, que vestia roupas de luxo e cada dia se banqueteava lautamente; o importante para ele era isto. E o pobre que jazia à sua porta e não tinha com que matar a fome não era com ele, não lhe dizia respeito.“Se as coisas, o dinheiro, a mundanidade se tornam o centro da vida, apoderam-se de nós, dominam-nos e perdemos a nossa identidade de homens”. Ele explicou que “isto acontece quando perdemos a memória de Deus. Se falta a memória de Deus, tudo se nivela pelo ‘eu’, pelo meu bem-estar. A vida, o mundo, os outros perdem consistência, não contam para nada, tudo se reduz a uma única dimensão: o ter. Continuando, respondeu à questão: “Quem é o catequista?”. “É aquele que guarda e alimenta a memória de Deus; guarda-a em si mesmo e sabe despertá-la nos outros. Como a Virgem Maria, não pensa nas honras, no prestígio, nas riquezas, não se fecha em si mesmo. O catequista é precisamente um cristão que põe a memória ao serviço do anúncio; não para se exibir, nem para falar de si, mas para falar de Deus, do seu amor, da sua fidelidade”. (Fonte: Rádio Vaticano)
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