A CF 2014 quer contribuir na identificação das práticas do tráfico seres humanos em suas várias formas. “O tráfico humano de hoje é, certamente, fruto da cultura que vivemos. A Campanha da Fraternidade, ao trazer à luz um verdadeiro drama humano, deseja despertar a sensibilidade de todas as pessoas de boa vontade”, explicou o secretário geral da CNBB Dom Leonardo Steiner por ocasião do lançamento formal da Campanha da Fraternidade na quarta passada. O próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, disse que o governo se une à CNBB e às demais entidades na luta contra o tráfico de pessoas. Para o ministro, “É inaceitável um crime como o tráfico humano e que pessoas sejam tratadas como objetos, como escravos. Não importa a modalidade deste crime. Ele tem que ser objeto de uma reação muito forte da sociedade moderna, do Estado moderno”, disse. Na mensagem que o papa Francisco enviou ele afirma que não é possível ficar impassível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadoria. "Pense-se em adoções de criança para remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obrigadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz etc.”, disse. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, no inicio de junho de 2012, estimou em que as vítimas do trabalho forçado e exploração sexual chagaram a 20,9 milhões de pessoas em todo o mundo. A pesquisa também constatou que 4,5 milhões das vitimas são exploradas em atividades sexuais forçadas; 14,2 milhões em trabalhos forçados em diversas atividades econômicas e 2,2 milhões pelo próprio Estado, sobretudo os militarizados. Constam também das pesquisas dados importantes, os quais apontam as mulheres e jovens como o maior número de vítimas atingindo 11,4 milhões das vítimas, enquanto 9,5 milhões são homens e jovens.
Comentário do blogueiro - Em que pesem as limitações de uma campanha vale ressaltar a sensibilidade e a atenção que a igreja católica está reservando a um crime hediondo, imperdoável, pois machuca o espírito e o corpo de um ser humano, e o submete a uma permanente e sistemática humilhação. Queira Deus que a partir dessa CF novo rigor e novas políticas preventivas e de re-inserção de grupos e pessoas mais expostas, possam ser tomadas!
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