A partir de 1861, cerca de 30 milhões de italianos emigraram em busca da sorte no estrangeiro. Deles, boa parte veio para o Brasil. Aqui, foram acolhidos com os mesmos preconceitos com que, hoje, com frequência, muitos italianos tratam os refugiados do Terceiro Mundo que, em desespero, batem às suas portas. Não eram apenas trabalhadores braçais que partiam. As camadas mais pobres da população na realidade não tinham como pagar a viagem e, por esta razão, o maior número de viajantes era composto de pequenos proprietários de terra que, com suas parcas economias conseguiam adquirir a passagem de ida para o Novo Mundo.Exatamente como os refugiados que hoje chegam à Itália (e a vários outros países europeus), os emigrantes italianos geralmente não iniciavam a aventura com toda a família: quase sempre a emigração era programada como uma necessidade temporária, e quem partia era geralmente apenas um homem sozinho.
Uma exceção importante a essa regra foi a grande emigração camponesa de inteiras famílias do Vêneto e do sul da Itália para o Brasil, sobretudo logo após a abolição da escravidão (1888) e o anúncio, por parte do governo brasileiro, de um vasto programa de colonização e de benesses (falsas) oferecidas aos imigrantes.Quase sempre, quem partia das regiões do norte embarcava em Gênova ou no porto de Le Havre, na França. Quem partia do sul do país, por seu lado, embarcava em Nápoles. A relação entre passageiros da primeira classe e os da terceira era de 17 mil a 5 mil, e as diferenças do tratamento dispensado a esses últimos eram abissais. Para estes, era dado apenas um saco cheio de palha e um único banheiro estava disponível para cada 100 pessoas. Eram os únicos confortos de uma viagem que podia durar um mês ou mais.
TODA SEMELHANÇA ENTRE A MIGRAÇÃO ITALIANA DE ONTEM E A DE HOJE DE MUITOS AFRICANOS.....É MERA COINCIDÊNCIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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