Entre os 4 mil participantes do 13º Intereclesial das CEBs em Juazeiro do Norte (CE), marcam presença as lideranças indígenas do Brasil que pedem maior agilidade na defesa de seus territórios e a preservação de suas culturas. O tema do 13º Intereclesial “Justiça e Profecia a serviço da Vida” e lema “CEBs romeiras do reino no campo e na cidade” vêm contribuir para reflexões sobre as realidades vividas pelos povos indígenas. Durante a análise de conjuntura social e eclesial apresentada pelo padre Manfredo Oliveira, Raquel Rigotto e Roberto Malvezzi, na quarta-feira, 8, apareceram como grandes desafios a demarcação, homologação e ocupação das terras indígenas. O líder do Guarani-Kaiowá, Anastácio Peralta, explica que é preciso valorizar a terra. “A natureza não é para ser explorada, mas admirada e cuidada. Aprendemos isso com os nossos antepassados e sabemos fazer”, afirmou. Para o cacique Valério Vera Gonçalves e sua esposa Ana Lúcia, é urgente a necessidade da demarcação. “Queremos a demarcação da nossa terra. Ela é o nosso meio de sobrevivência que Deus deixou pra nós”, comentam. Para eles, o apoio da Igreja tem sido fundamental neste debate. “Sentimos o apoio da Igreja que está a favor de nossa luta. Estou feliz porque este encontro das CEBs sempre lembra a demarcação das terras”, destaca Valério.
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