A onda de violência que assola a população de São Luis e de outras capitais a torna refém de um sentimento coletivo de vingança. Até pessoas de índole pacata, incapazes de gestos de agressividade, no dia a dia, diante do quadro atual fazem emergir uma latente e desconhecida sede de sangue. Sangue de....’bandido’. Muitos se alegram e elogiam a brutalidade com que o ‘velado’ (policiais à paisana, que se infiltram e que agem ao arrepio da lei) e a polícia militar vem liquidando jovens infratores e assassinos mais ou menos confessos. Acredita, essa parcela de sociedade, que essa é a única solução para o problema. Seria, em sua ingênua leitura, um bandido a menos a perturbar a paz de um povo pacífico e ordeiro. Perguntamo-nos como um povo ordeiro e pacífico acaba produzindo tantos....'bandidos'!!!!Acredita que ao não pregar o assassinato desses bandidos, como ela defende, se estaria apoiando-os. Ledo engano. O que se quer é que 'essas pessoas' que ameaçam o bem-viver da sociedade cumpram suas penas em condições adequadas, de forma que 'longe da convivência social' possam verificar se terão condições de se re-integrarem ou se deverão permanecer segregados por representarem um perigo para toda a sociedade. Evidente que isso vale também para aqueles que desviam dinheiro público e se viciaram nisso! Pessoas que trazem inúmeros problemas para a sociedade como um todo. Estas, além de devolverem o que roubaram à saúde, à educação, à infra-estrutura, etc. deveriam permanecer segregados até aprenderem a superar o vício de possuir e de roubar, se é que consigam um dia... Seja o que for, quando uma sociedade chega a pregar o homicídio do homicida como única forma de solucionar o problema da violência é sinal que falimos como sociedade humana. Dessa forma estamos dizendo para nós mesmos que a única forma que temos para ajudar e resgatar para o nosso convívio social o assassino é reproduzir o seu mesmo gesto: MATAR!
Nenhum comentário:
Postar um comentário