Apareceu mais um morto ontem, em Pedrinhas. Enforcado. Apura-se a morte. Mesmo com a presença ostensiva da polícia que vem tomando de conta do presídio, os mortos aparecem. Do lado de fora de Pedrinhas, as comunidades locais, hoje de manhã, interditaram a BR e protestam por causa da construção de novos pavilhões no complexo penitenciário. As comunidades afirmam que em momento algum foram consultadas. As novas construções ficam à beira da estrada que leva para suas roças. Elas temem que se repitam casos lamentáveis em que detentos fugitivos invadiam suas casas. Há fundamentos na história. Muitas fugas ocorreram na penitenciária no ano passado e muitos túneis foram descobertos quando tudo estava pronto para permitir a saída de vários detentos. Os trabalhos de construção de novos pavilhões se intensificaram após a determinação da justiça segundo a qual o Estado tem 60 dias para entregar 9 penitenciárias. Do lado de dentro de Pedrinhas algumas celas ficaram menos lotadas. Nove chefes de facções já foram transferidos para penitenciárias de segurança máxima. Outros viajarão nos próximos dias, esperando que isso desestruture o esquema existente numa penitenciária que se notabilizou por 63 mortes em 13 meses!
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