O relatório Global Risks 2014, doFórum Econômico Mundial, do qual participaram mais de 700 especialistas mundiais, identifica as crises fiscais como o risco mundial que poderá causar o maior impacto sobre os sistemas e países ao longo dos próximos 10 anos. Este risco econômico é seguido de dois riscos ambientais: a mudança climática e a crise da água, e do desemprego e subemprego. Em quinto lugar, cita uma interrupção crítica da infraestrutura da informação, que constitui um risco tecnológico, como um dos riscos de maior impacto potencial.“Cada risco considerado neste relatório encerra o potencial de provocar uma falha em escala mundial; no entanto, é sua interconectividade que faz com que suas repercussões negativas sejam tão pronunciadas já que, em seu conjunto, podem exercer um efeito aumentado”, afirmou a economista-chefe do Fórum Econômico Mundial, Jennifer Blanke. O estudo também faz um alerta sobre o desemprego e subemprego juvenil, os dois desafios altamente associados aos quais fazem frente os jovens que chegam à vida adulta na atual década de menores oportunidades de emprego e custos crescentes da educação. Neste sentido, recorda que mais de 50% dos jovens de alguns países desenvolvidos estão buscando trabalho e que há um nível crescente de emprego informal em regiões em desenvolvimento, onde vive mais de 90% da juventude do mundo atual. O Diretor de Riscos da Swiss Re, David Cole, incidiu em que atualmente muitos jovens enfrentam uma “situação muito difícil”, já que, como resultado da crise financeira e da globalização, a geração mais jovem dos mercados maduros luta contra “uma situação desesperada, com cada vez menos oportunidades de trabalho, e com a necessidade de suportar o envelhecimento da população”.Por outro lado, destaca que a crescente dependência da internet para realizar tarefas essenciais e a expansão massiva de dispositivos conectados à rede fazem com que o risco de uma falha sistêmica, numa escala capaz de desintegrar sistemas ou inclusive sociedades, “seja maior do que nunca em 2014”.“O efeito poderá ser uma balcanização da internet, ou o chamado ‘apocalipse cibernético’, no qual os piratas informáticos gozam de uma superioridade assustadora e no qual se generalizaram as interrupções massivas”, adverte. (Fonte: IHU)
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