Muito se fala e se comenta sobre a situação das penitenciárias de São Luis, notadamente a de Pedrinhas. Recentemente, após novas mortes de presos sem algum tipo de investigação, a governadora determinou que a Polícia Militar tomasse a frente para administrar o...caos prisional. Muitos se perguntam se essa é a solução conjuntural e estrutural do sistema prisional no Maranhão, e em São Luis, especificamente. Parece ser mais uma medida conjuntural, amenizadora e tranquilizadora, apostando no poder de força da PM, tentando transmitir uma sensação de controle e de inibição de tantos vícios e corrupções existentes nas penitenciárias. Muitos se perguntam se será a ‘pedagogia da força’ da PM que irá moralizar o sistema prisional. Já tem gente ‘lá dentro’ abrindo o bocão, pois os espancamentos de presos continuam também com a PM. Muitos se perguntam qual é, agora, o papel dos diretores civis sendo que o controle está nas mãos da PM. Alguém acredita que um PM vai obedecer a um ‘diretor’ civil se, de fato, a administração está em suas mãos? Qual o papel, agora, da Força Nacional que ainda permanece em São Luis, e que não tem conseguido amenizar a situação caótica das penitenciárias. Ontem, 03, quatro ônibus foram incendiados na capital maranhense. O secretário informou que foi uma retaliação das facções aprisionadas pelo fato de a PM estar revistando diariamente as celas e aprendendo celulares, drogas, armas brancas, etc. Outras retaliações irão vir. Pergunta-se: não é possível transferir ‘os cabeças’ dessas facções para outras penitenciárias de outros estados e desmanchar o esquema? Será que a ‘inteligência interna’ ainda não identificou de onde saem as ordens para incendiar e matar gente? Graças a isso e a outro São Luis é manchete nacional. Em clima pré- eleitoral parece sempre mais atual a fala do arcaico Salim Maluf: ‘Falem de mim, bem ou mal, não interessa, mas falem’!
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