Morreu na manhã desta segunda-feira (6) o índio potiguara Geusivam Silva de Lima, de 30 anos, que estava internado desde a última terça-feira (31), vítima de três tiros. Geusivam passou por procedimentos médicos mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. O cacique geral dos potiguaras na Paraíba, Sandro Gomes, disse que os caciques da região recebem ameaças frequentes. O crime aconteceu em uma praça da aldeia Brejinho, no município de Marcação, no Litoral Norte paraibano. Segundo o Centro Integrado de Operações Policiais, dois suspeitos armados teriam chegado de moto ao local e atirado contra o índio. A assessoria da Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que o caso está sendo investigado pela Polícia Federal, mas adiantou que a área é de constante conflito entre as tribos indígenas e moradores do local que possuem grandes plantações de cana. Segundo a Funai, a área já é delimitada como terreno dos índios potiguaras, mas os moradores não indígenas continuam no local esperando uma indenização do Governo Federal, que não tem data para acontecer. Sandro Gomes disse que o fato não foi isolado. Ele lembrou ainda do caso de outro cacique que foi alvo de cinco tiros em 2009, quando teve sua casa arrombada. “É tudo uma coisa só. A questão fundiária está fortemente envolvida com o assassinato de Geusivam, que vinha recebendo ameaças, assim como outros caciques. Só não sabemos de onde essas ameaças estão vindo, mas a realidade é que elas acontecem”.A assessoria de imprensa da Polícia Federal confirmou que um inquérito foi aberto na última quarta-feira (1) para investigar o caso, respondendo questões sobre possíveis problemas territoriais que teriam motivado o crime, mas que uma consulta seria feita com o delegado responsável pelo caso antes que qualquer informação seja passada à imprensa.(Fonte: IHU)
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