Aldeia Guajá |
Ontem, 10, esteve em São Luis gente graúda da Secretaria Nacional de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República para tentar destrinchar o ‘mistério da desintrusão’ da terra Indígena Awá-Guajá, e elaborar um plano para reassentar as famílias que acolá se encontram. Estavam presentes, além do secretário de articulação da presidência da República, Paulo Maldos, ex-assessor e desafeto do CIMI, representantes do Incra, do Governo do Estado e poucos outros. Chamou a atenção a ausência de membros do ITERMA e da Procuradoria da República que não se sabe ao certo se foram convidados. Pelas informações obtidas, mais uma vez o INCRA-MA não cumpriu com o dever de casa. Faz anos que o órgão federal devia ter encontrado terras disponíveis, mas quase nada fez. Possui um cadastro bastante desatualizado das famílias que se encontram dentro da área em questão (cerca de 1.220, que não bate com outro levantamento segundo o qual seriam pouco mais de 350) mas nunca realizou um estudo para identificar terras disponíveis para o reassentamento. Cabe ressaltar, além disso, que pelo que se ouviu, não se terá em consideração aquelas famílias que entraram e permaneceram na terra indígena de ‘má fé’, ou seja, tendo pleno conhecimento de que era uma área interditada. Ainda não há clareza sobre o que fazer. Alguns propõem indenizar, outros procurar terras em outros estados próximos, Pará, por exemplo, e assim por diante. Uma coisa, contudo, parece estar cada vez mais clara: o INCRA-MA tem dificuldade de lidar com essas questões, quando não faz corpo mole para adiar mais uma vez algo que o ministro da justiça Cardozo havia prometido para o segundo semestre deste ano. Pelo visto, nem em 2014, ano de eleições, haverá clima para executar ações desse porte e desse gênero que, diga-se de passagem, são um tanto...impopulares! Que os Awá aguardem mais um pouquinho!
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