Depois de uma visita de emergência ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (Maranhão), dias atrás, o juiz Douglas Martins, auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, cobrou providências do governo estadual para impedir que continuem a ser cometidas violências sexuais em familiares de presos durante as visitas íntimas realizadas nos presídios do complexo. Mulheres e irmãs de presos têm sido obrigadas a ter relações sexuais com líderes das facções criminosas, que ameaçam de morte os detentos que se recusam a permitir o estupro das visitantes.“As parentes de presos sem poder dentro da prisão estão pagando esse preço para que eles não sejam assassinados. É uma grave violação de direitos humanos”, afirmou o juiz, que é coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) do CNJ. Ele vai incluir a informação no relatório sobre a situação de Pedrinhas que vai entregar ao presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, ainda nesta semana. A visita ocorreu após a morte de um detento quinta-feira (19/12). Teria sido o 58º preso morto este ano no Complexo de Pedrinhas, segundo a imprensa maranhense.
Comentário do blogueiro - A gravidade dessas ocorrências se deve também ao fato que já não existem celas reservadas para encontros íntimos de detentos com suas companheiras ou esposas. Tudo ocorre na mesma cela onde estão outros presos. Simplesmente colocam um lençol no beliche e aí acontece tudo na presença dos demais presos. Todos podem ouvir e...imaginar. Há uma clara facilitação para que as chantagens e as violências sexuais ocorram!
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