O Papa Francisco ficou profundamente triste ao saber da morte de um sem-teto na noite desta quarta-feira, 11, perto do Vaticano. O homem era um dos muitos, italianos e estrangeiros, que circulam nas proximidades do Vaticano e dormem sob os pórticos da Praça Pio XI, diante da Praça São Pedro. Foi encontrado morto no estacionamento do Gianicolo, onde cotidianamente dezenas de ônibus de turismo deixam turistas e visitantes do Vaticano. O homem teve morte natural e seu corpo foi encontrado pela polícia. A notícia ficou na sombra; nenhum dos cotidianos da cidade fala desta morte ‘do inverno’. Justamente estas circunstâncias entristeceram mais ainda o Papa, que tantas vezes lamentou o fato que não se preste mais atenção nestes pequenos dramas ‘grandes’, como diz. O Bispo de Roma não ficou indiferente diante desta morte, ocorrida a poucos metros de sua casa, naquela área onde recentemente mandou o seu elemosineiro, o polonês Dom Konrad Krajewski, como seu “braço da caridade”. É a região onde os pobres da cidade se abrigam à noite, e aonde ele próprio gostaria de ir pessoalmente levar ajuda e conforto.
Francesco condena a escravidão moderna e pede fim da impunidade
Após celebrar a missa matutina na Casa Santa Marta, o Papa Francisco foi à Sala Clementina, onde acolheu um grupo de diplomatas que estão começando sua missão na Santa Sé. Discursando brevemente ao grupo, Francisco abordou um tema que muito o preocupa e que interessa todos os países, inclusive os mais desenvolvidos: o tráfico de pessoas, cujas vítimas são sempre os mais vulneráveis da sociedade. Mulheres e jovens, meninas e meninos, portadores de deficiências, pessoas pobres e provenientes de situações de desagregação familiar e social são alvo – disse o Papa – de uma verdadeira “escravidão”. “Fala-se de milhões de vítimas de trabalhos forçados num tráfico de mão de obra e exploração sexual. Isto não pode continuar; seria uma derrota para o mundo permitir que seres humanos sejam tratados como objetos, enganados, violentados, vendidos, ou até mortos ou feridos no corpo e na alma, sendo por fim descartados e abandonados. É uma vergonha” – disse o Papa, “um crime contra a humanidade”. Francisco chamou a atenção para a necessidade de vontade política para conseguir vencer a luta ao tráfico, tutelar os direitos das vítimas; impedir a impunidade dos corruptos e criminosos. E lembrou que frequentemente, o tráfico de pessoas está relacionado ao comércio de drogas, armas, transporte de migrantes e máfia.(Fonte: Rádio Vaticano)
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