Deveríamos nos perguntar quem ‘monitora os monitores’ do sistema prisional do Maranhão. A cada dia, escutam-se relatos horripilantes sobre maus tratos, torturas e espancamentos nas unidades prisionais do nosso Estado. Simultaneamente não se lê uma nota pública ou um relato informal sobre eventuais denúncias e medidas tomadas por quem deveria monitorar e acompanhar a correta execução da pena e o respeito pela integridade física do detento, o Grupo de Monitoramento do Sistema Carcerário do estado. Instalado há bastante tempo, com um bom número de funcionários parece mais um grupo fantasma. Quem visita delegacias e penitenciárias se depara todo dia com casos inacreditáveis. Outro dia um colega relatou que ao visitar a Penitenciária das Pedrinhas reparou que havia 5 presos que há mais de cinco dias viviam algemados a uma grade num corredor. Só eram soltos na hora de fazer suas necessidades fisiológicas. Sem falar nos casos em que presos apareciam com olhos inchados e extensos hematomas pelo corpo, evidentes sinais de espancamento. Hoje o Maranhão tem uma população carcerária de quase 6 mil presos. Destes, quase 3 mil estão em unidades carcerárias de São Luís. Em todo o estado, por causa do déficit de 40% no total de vagas, as unidades prisionais estão superlotadas.
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