Leio, hoje, a notícia que um sargento foi morto ontem na Vila Cafeteira, e com ele, a sua esposa. Não imagino qual possa ter sido o motivo para o assassino ceifar essas duas vidas. Ocorreu-me, no entanto, que no sábado passado na Vila Embratel um amigo meu presenciou a ação de dois policiais que abordaram um jovem que estava trabalhando numa oficina. Chegaram armados. Um deles apontou a metralhadora e o outro começou a revistar o jovem tirando celular e outros objetos, e desferrando socos na barriga, sem mais nem menos. O meu amigo, bem como outra senhora que estavam a presenciar a cena, decidiram intervir. O meu amigo perguntou por quê estavam fazendo aquilo, mas obteve como resposta um ‘fica na tua, fica de fora’! Como ele insistisse dizendo que não precisava bater nele, seja qual fosse o crime cometido, um dos policiais respondeu que ‘ a toda ação deve haver uma reação’. E continuava a bater no jovem. Quando, enfim, o meu amigo se identificou e os ameaçou de denúncia, os dois policiais saíram de mansinho deixando os objetos que haviam subtraído com o jovem. No Rio e em São Paulo são centenas de policiais que todo ano são assassinados. Certamente, muitos são vítimas de confrontos com o tráfico, no cumprimento do seu dever, mas outros são homicídios seletivos, autênticas represálias contra policiais que usam e abusam da violência física e que fazem dessa prática o seu cartão de visita ao abordar um cidadão. Há gente que não tolera mais ser humilhado e espancado à toa!
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