Desde janeiro de 2010, segundo dados oficiais, mais de 44.000 estrangeiros ingressaram pelo Acre vindos do Peru e Bolívia. Preocupado com o destino deles – pelo menos 150 haitianos foram resgatados em operações de combate ao trabalho escravo no Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, entre 2013/15 – o Ministério Público do Trabalho (MPT), através do Grupo Permanente Trabalho do Migrante da Procuradoria Geral do Trabalho (GT-Migr da PGT), lutou para que a União desenvolvesse políticas públicas para recepcioná-los. O acordo assinado há uma semana foi o resultado deste persistente trabalho. “Enquanto a Europa se recusa a receber imigrantes e refugiados, ameaça confiscar seus bens, deportá-los e impedir a todo custo a permanência deles na zona do euro, o Brasil demonstra que é possível conciliar a imigração com o desenvolvimento econômico, apesar da crise que nos afeta, permitindo de modo inédito a emissão de vistos humanitários de residência permanente aos imigrantes e refugiados, oferecendo-lhes todos os direitos sociais previstos na Constituição da República, como o direito ao trabalho, à saúde, à mobilidade e à assistência social“, comemora o procurador do trabalho em Rondônia e Acre, Marcos Gomes Cutrim, um dos responsáveis pelo acordo ter saído. (Fonte: Marcelo Auler)
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