segunda-feira, 21 de março de 2016

Golpe NUNCA MAIS - Curtos e grossos - 2 -

Celso de Mello, ministro do STF

Sul21: Algumas decisões do juiz Sérgio Moro vêm sendo objeto de polêmica, como esta mais recente das interceptações telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff. Como o senhor avalia estas decisões? 
Marco Aurélio Mello: Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiros de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado e foi objeto, inclusive, de reportagem no exterior. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional. O avanço pressupõe a observância irrestrita do que está escrito na lei de regência da matéria. Dizer que interessa ao público em geral conhecer o teor de gravações sigilosas não se sustenta. O público também está submetido à legislação.


El País, David Alandete,

Em artigo publicado no último sábado, o diretor adjunto do jornal espanhol El País, David Alandete, critica os "juízes justiceiros" do Brasil, questionado qual Justiça irá decidir sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a que presume a inocência dos acusados ou a que atende ao clamor das ruas.Ele diz que Sergio Moro, "heroi das manifestações contra o Partido dos Trabalhadores", cita em seus autos o caso Watergate, ocorrido no governo Richard Nixon, nos EUA. Comentando sobre os grampos nas conversas entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, Alendente comenta que Moro esquece que, no Watergate, quem gravou seus adversários não foi um juiz, mas o próprio presidente Nixon. Também fala sobre as decisões judiciais contrárias à posse de Lula como ministro. 

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